Waste is building up in remote indigenous villages in the Brazilian Amazon forest, threatening the health of indigenous people and the environment they depend on. But with your support its possible to help one community transform itself into the first zero-waste village in the Amazon.
Diferentes resíduos sólidos estão sendo acumulados em aldeias indígenas da Floresta Amazônica brasileira, ameaçando a saúde dos povos indígenas e o meio ambiente. Mas, com o seu apoio, é possível ajudar uma comunidade a se transformar na primeira aldeia lixo zero da Amazônia.
![]()
The problem
O problema
How far into the wilderness does garbage reach? Sadly, isolated places in the Brazilian Amazon already have waste problems. In remote areas, where there is no regular garbage pick-up or sewage treatment, many indigenous and local people burn their waste (i.e. plastic, glass, metals, rubber). But burning releases greenhouse gases (GHGs) into the atmosphere and can trigger forest fires during the dry season.
Até onde vai o lixo? Infelizmente, lugares isolados na Amazônia brasileira já têm problemas de lixo. Em áreas remotas, onde não há nenhum tipo de saneamento básico, muitas comunidades indígenas e tradicionais queimam seus resíduos (ex.: plástico, vidro, metais, borracha). Mas a queima desses materiais emite gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera e pode desencadear incêndios florestais durante a estação seca.
Who is affected?
Quem é afetado?
The Yawanawá people live in the Indigenous Land of Rio Gregório (Gregory River), in the Brazilian state of Acre, Tarauacá Municipality. Around 700 Yawanawá people live in eight communities along the banks of the Gregory River. Contact with Western society 200 years ago completely altered their way of life and widespread deforestation has driven the local environment to its breaking point, also bringing new types of waste. This is threatening their wellbeing, affecting livelihoods and causing health problems. The Mutum community is very open to visitors from all over the world who come to learn about their traditional knowledge and to participate in their healing spiritual rituals. Unfortunately, they also bring with them a lot of waste, contaminating the community’s surroundings.
Os Yawanawá vivem na Terra Indígena do Rio Gregório, no estado do Acre, município de Tarauacá. Cerca de 700 indígenas Yawanawá vivem em oito comunidades ao longo das margens do Rio Gregório. O contato com a sociedade ocidental há 200 anos atrás alterou completamente o modo de vida dos Yawanawá e o desmatamento generalizado levou o ambiente local a seu ponto de ruptura, trazendo novos tipos de lixo. Isso está ameaçando o bem-estar dos Yawanawá, afetando seus meios de subsistência e causando problemas de saúde. A comunidade do Mutum é aberta para visitantes de todo o mundo que querem aprender sobre conhecimentos tradicionais e participar de rituais espirituais de cura. Infelizmente, eles trazem consigo muito lixo, contaminando o ambiente da comunidade.
![]()
Let’s help the Mutum community get to zero waste!
Vamos ajudar a comunidade do Mutum a se tornar lixo zero!
In February we went to Mutum village to learn more about how they managed their waste. One of the most worrying things we found was the amount of used batteries scattered in the forest and river. Why so many? The Yawanawá rely on hunting for subsistence, and each hunter uses six large batteries every night in their torches. Villagers are generally unaware of how toxic batteries are to both humans and nature. They can cause soil and water pollution and endanger wildlife. When thrown into the rivers they can bio-accumulate in fish, which reduces their numbers and makes them unfit for human consumption. Mutum village will be the pilot project of the community zero waste initiative, and we plan to integrate what we learn into all other Yawanawá villages. Since Mutum is located eight hours by boat from São Vicente village – where the nearest waste disposal facilities are – transportation is key. But first we need to collaborate with the villagers on a waste management plan that everyone can agree to.
Em Fevereiro nós fomos à aldeia do Mutum aprender mais sobre os resíduos. Uma das coisas mais preocupantes que encontramos foi a quantidade de baterias que são descartadas na floresta e no rio. Por que tantas? Os Yawanawá dependem da caça para a subsistência, e cada caçador usa seis baterias grandes por noite em suas lanternas. Os moradores da comunidade não têm conhecimento sobre as toxinas geradas pelas baterias para a saúde e para a natureza. Elas podem causar a poluição do solo e da água e pôr em perigo a vida selvagem. Quando jogadas nos rios podem bio-acumular nos peixes, o que os reduz em quantidade e os torna impróprios para o consumo humano. A aldeia do Mutum será o projeto piloto da iniciativa aldeia lixo zero, mas futuramente planejamos integrar todas as outras comunidades da tribo Yawanawá. Uma vez que a aldeia do Mutum está a oito horas de barco da vila de São Vicente - onde estão as instalações de eliminação de resíduos mais próximas - o transporte é essencial para tornar a aldeia lixo zero. Mas primeiro precisamos colaborar com os moradores da aldeia em um plano de gerenciamento de resíduos que todos possam participar.
Here’s what we will do:
O que vamos fazer:
- Work with families living in Mutum and with leaders from other Yawanawá communities to raise awareness about the dangers of disposing of waste in the forest
- Build local skills in how to reduce, reuse and recycle specific materials and how to compost organic waste
- Organize a community cleanup
- Purchase a motor boat to take solid wastes to São Vicente and fuel for 2 years
- Build a waste station in the Mutum community
- Supply 27 families with solar flashlights and reusable batteries that can be recharged throughout the day
- Give each household a set of containers for different types of waste (compost, recyclable, toxic, etc.) and offer training in how to sort them
- Set up a village composting system
- Put up zero waste signs throughout Mutum to inform visitors
- Build a waste station in the village of São Vicente
- Mediate with state agents of Tarauacá and Cruzeiro do Sul municipalities and the residents of São Vicente to better organize the disposal and recycling of solid waste.
- Trabalhar com as famílias que moram no Mutum e com líderes de outras comunidades Yawanawá para aumentar a conscientização sobre os perigos do descarte de resíduos na floresta
- Capacitar os moradores sobre como reduzir, reutilizar e reciclar resíduos sólidos e sobre a compostagem de resíduos orgânicos
- Organizar uma limpeza da aldeia
- Comprar um barco a motor para levar resíduos sólidos para São Vicente e combustível para 2 anos
- Construir uma estação de lixo na aldeia do Mutum
- Fornecer para as 27 famílias do Mutum lanternas solares e baterias reutilizáveis que podem ser recarregados ao longo do dia
- Dar a cada família um conjunto de latas para diferentes tipos de resíduos (composto, reciclável, tóxico, etc.) e prover as informações necessárias sobre como separá-los
- Instalar um sistema de compostagem na aldeia
- Colocar placas informativas de aldeia lixo zero no Mutum para informar os visitantes
- Construir uma estação de resíduos na aldeia de São Vicente
- Mediar com agentes do governo municipal de Tarauacá, os moradores de São Vicente e do governo municipal de Cruzeiro do Sul para melhor organizar a destinação e a reciclagem de resíduos sólidos.
![]()
Healing ourselves by healing our environment
Curando a nós mesmos pela cura do meio ambiente
The Yawanawá live in a part of the Amazon forest that is rich in biodiversity and home to myriad healing plants. Generations of living in close harmony with the land has given the Yawanawá an ancestral knowledge of its species. The World Health Organization estimates that 80% of the population of developing countries rely on traditional medicines, mostly plant drugs, for their primary health care needs. We hope you can help the Mutum village become the first zero waste community in the Amazon forest!
Os Yawanawá vivem em uma parte da floresta Amazônica que é rica em biodiversidade e abriga uma miríade de plantas curativas. Por muito tempo gerações viveram em perfeita harmonia com a terra, o que gerou aos Yawanawá um conhecimento ancestral das espécies que se encontram em suas áreas. A Organização Mundial da Saúde estima que 80% da população dos países em desenvolvimento dependem de medicamentos tradicionais, principalmente vegetais, para tratamentos primários de saúde. Esperamos que você possa ajudar a aldeia do Mutum a se tornar um lindo exemplo da iniciativa aldeia lixo zero!
![]()
Who we are?
A equipe
We created Aldeia Lixo Zero because we’ve heard the call of the forest in connection with Nixiwaka Yawanawá - a young leadership in Mutum and a strong voice from the community. Together with Fernanda Gebara – social scientist with ten years of experience with local communities; Lia Salmito - graphic designer/video editor; and Roberto Herrera – director of photography, the project was born. Julia Yawanawá - professor in Acre and the leader of the project in Mutum – will coordinate the local actions with Aizan Yawanawá (Guedes) - responsible for water and waste management in the community. This initiative was only possible because of collective intelligence and creative collaboration while Lia kept the call alive.
Criamos Aldeia Lixo Zero porque ouvimos o chamado da floresta em conexão com Nixiwaka Yawanawá - liderança jovem no Mutum e uma voz forte da comunidade. Juntamente com Fernanda Gebara - cientista social com dez anos de experiência com comunidades locais; Lia Salmito - designer gráfico/editora de vídeo; e Roberto Herrera - diretor de fotografia, o projeto nasceu. Julia Yawanawá - professora no Acre e líder do projeto no Mutum - coordenará as ações locais com Aizan Yawanawá (Guedes) - responsável pela gestão de água e resíduos na aldeia. Esta iniciativa só foi possível devido à inteligência coletiva e à colaboração criativa, enquanto Lia manteve a chama acesa.
![]()